Candidatura a prefeito de São Luis

Prof. Jean Magno - Vereador 16116

Biografia

Meu nome é Jean Magno e tenho 47 anos. Minha mãe é dona de casa aposentada e meu pai já é falecido. Sou natural de São Luís. Sou casado e tenho dois filhos com minha companheira Ana que conheci ainda na universidade há quase 25 anos. Sou servidor público federal. Fui técnico-administrativo entre o período de 1994 a 2009 da antiga Escola Agrotécnica Federal de São Luís, atual IFMA campus São Luís Maracanã, localizado na Vila Esperança, zona rural de São Luís, onde atualmente, sou professor de Sociologia e Conflitos Socioambientais. Sou graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Maranhão e Mestre em Educação pela Universidade de Brasília.

Comecei minha vida de militância política no movimento estudantil na UFMA ainda na década de 1990. Fui representante estudantil junto ao Departamento de Informática e coordenador por duas gestões do Centro Acadêmico de Ciência da Computação. Em 1996, comecei a cursar Ciências Sociais, onde também fiz parte da diretoria do Centro Acadêmico “Florestan Fernandes”. Fui Coordenador do Diretório Central dos Estudantes e representante estudantil junto à Comissão Permanente do Vestibular (COPEVE). Durante todo esse tempo, muitas lutas políticas nacionais e locais foram travadas junto às entidades dos servidores docentes e administrativos. Ao ingressar como técnico administrativo no serviço público federal na antiga Escola Agrotécnica em 1994, iniciei a militância no movimento sindical, sendo eleito delegado de base do órgão e posteriormente integrado à diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (SINDSEP-MA). Em 2005, junto a outros/as companheiros/as ajudei a fundar a seção sindical do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional no Maranhão, o SINASEFE EAFSL, atualmente Seção São Luís Maracanã, no qual ainda sou filiado e onde ocupei diversos cargos, de coordenador geral a conselheiro fiscal. O SINASEFE foi um dos primeiros sindicatos a construir a Coordenação Nacional de Lutas que posteriormente transformou-se em Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas), da qual faço parte da Secretaria Executiva Estadual no Maranhão. Atualmente, também participo do Movimento de Defesa da Ilha que reúne diversos militantes da causa ambiental na ilha de São Luís, sobretudo na defesa da zona rural.

Apesar de já conhecer o PSTU há bastante tempo, particularmente desde a época do movimento estudantil na UFMA, e de ter participado de várias lutas lado a lado com seus militantes, entrei no partido somente em 2014. Durante esse longo tempo de análise, além da honestidade dos militantes, já que em 26 anos de fundação nunca o nome do partido foi manchado com a lama da corrupção, percebi também a coerência do partido entre o que defende no seu programa e sua prática política. Defendemos que o Brasil precisa de uma revolução socialista. Lutamos para construir um partido revolucionário e socialista internacional. E nessa luta, o PSTU sempre teve ao lado da classe trabalhadora e nunca se aliou aos patrões. Inicialmente, ingressei no núcleo dos servidores federais e posteriormente contribui na definição da criação do núcleo do campo/zona rural o qual passei a integrar na condição de dirigente. Durante esse tempo de experiência no partido cheguei a integrar a direção da regional São Luís e disputei a eleição de 2016 na condição de candidato a vice-prefeito na chapa majoritária da camarada Cláudia Durans.

Ao longo dos tempos, por sucessivos governos capitalistas e sob a conivência das câmaras municipais, assembleias legislativas e congresso nacional, a educação pública foi tratada com descaso. Não é à toa que no governo Bolsonaro já estamos no terceiro ministro e é cada um pior do que o outro. A intenção sempre foi a de transformar a educação em mercadoria. E todos sabemos que as instituições particulares só visam unicamente seus interesses, isto é, lucrar a qualquer custo. As verbas para a educação pública nunca foram suficientes. Em 2019, o governo federal investiu somente 3,48% do seu orçamento na educação. Isso acarreta a falta de vagas, consequência do número insuficiente de instituições públicas em todos os níveis, das creches até as universidades. Mesmo nas escolas existentes, as condições de infraestrutura não são adequadas.

A formação inicial e continuada, as progressões na carreira, demandas históricas dos professores e professoras, são negligenciadas pelos governantes. Os salários são baixos a ponto de ser necessário complementar suas rendas com contratos precarizados, dobras ou mais de uma matrícula. A lei do piso é ignorada por diversos prefeitos e governadores. A categoria docente vem adoecendo ao longo do tempo de serviço seja pelas péssimas condições de trabalho que enfrentam no dia a dia, seja pelo desprestígio da profissão e assédio moral vindo de governantes e gestores. As condições de ensino e aprendizagem são as piores possíveis. Mesmo nas universidades públicas e nos institutos federais, que são sem sombra de dúvidas as melhores instituições de ensino nos seus respectivos níveis de atuação, temos visto a precarização de seu funcionamento em virtude de uma série de ataques pelo governo Bolsonaro: corte de verbas, tentativas de intervenção em sua autonomia conquistada na luta política, diminuição de concursos e redução de vagas, assim como programas privatizantes a exemplo do Future-se, tudo comprometendo o tripé de atuação dessas instituições: ensino, pesquisa e extensão.

Em virtude disso tudo, temos visto explodirem diversos processos de lutas nas escolas sejam nas greves dos educadores sejam nas ocupações dos estudantes sempre tratadas na base da truculência pelo poder público com a conivência dos políticos tradicionais. O recurso que poderia mudar essa situação vai para os banqueiros pela via da dívida pública e faz enorme falta para a educação pública. Somente em 2019, o governo Bolsonaro destinou 38,27% do orçamento federal, isto é, 1,038 trilhão de reais para pagamentos de juros e amortizações da dívida (Fonte: LOA, 2019). E isso é cada vez mais denunciado por lideranças de professores e estudantes. Por conta disso, os empresários e seus representantes políticos, apoiados por um setor ultraconservador disfarçado sob o Movimento Escola Sem Partido, desencadeou em vários estados e municípios um ataque sistemático aos professores e professoras, tentando coibir nossa liberdade de ensino e nos impedir de discutir política e outras questões sociais como o racismo, machismo e a LGBTfobia. Essa pauta é importante não só para os setores da nossa sociedade afetados com elas (negros e negras, mulheres e LGBTQIA+), mas também para avançarmos no combate às discriminações e na formação crítica e humanista das nossas crianças e jovens.

Não querem que discutamos a realidade desigual, opressora e injusta do nosso país. Querem jogar a sujeira para baixo do tapete para que tudo fique como está. Não temos ilusão com a falsa democracia burguesa e nem com o capitalismo e as possibilidades de reforma das suas contradições. Nesse sentido, participamos das eleições para denunciar que esse sistema só beneficia os ricos e para reafirmar que nossa classe e o povo pobre sempre conquistaram suas mais importantes vitórias na base da luta. Por essas e outras questões pensamos que é importante São Luís ter na câmara municipal um vereador revolucionário e socialista que poderá potencializar e ajudar na organização das lutas dos de baixo contra os de cima.